Uma comparação direta entre o poder das consolas é sempre
algo polémico, no entanto o hardware e o que este é capaz é sempre algo
importante e portanto irei comparar as especificações da PlayStation 4 com as
da Xbox One e no final referir qual a melhor no geral.
Começando pela arquitetura, as duas consolas partilham da
arquitetura x86 com processador AMD Jaguar de 64 bits com 8 núcleos a 1,6 Ghz,
já a placa gráfica é baseada na arquitetura Radeon série 7xxx e ambas têm um
total de 8GB de RAM.
A
consola da Sony oferecerá 8 núcleos dos quais 6 deles estarão disponíveis para os
jogos e os restantes para funções da PS4 e na consola da Microsoft o caso é parecido, há também 8 núcleos embora apenas 6 deles estarão
disponíveis para jogos, enquanto que os restantes 2 serão dedicados a funções
“box” e processamento do novo Kinect.
Em relação às placas gráficas (GPU), ambas da AMD, foram
personalizadas pela Sony (principalmente) e pela Microsoft. Começando pela Xbox
One, a sua placa gráfica era capaz de um total de 800 Mhz resultando em 1,23
Teraflops, no entanto a Microsoft revelou que depois da E3 2013 aumentou o
“overclock” da sua consola para 853 Mhz, mudando os Teraflops para 1,24,
havendo um total de 1,1 Teraflops dedicados aos jogos e o restante às funções
box. Sabe-se ainda que a Xbox One terá 12 Compute Units, 768 Shader Units, 16
ROPS e que a Microsoft acrescentou uma cache de 32MB ESRAM no chip da placa
gráfica, algo tecnicamente complexo.
Já a Sony alterou radicalmente a placa gráfica da AMD para
conseguir um resultado melhor. A PS4 será capaz de 800 Mhz, 18 Compute Units,
1152 Shader Units, 32 ROPS e um total de 1,84 Teraflops. A placa gráfica da AMD
aceita em simultâneo 1 fonte de comandos gráficos e 2 fontes de comandos
genéricos, no entanto a Sony aumentou a capacidade de aceitação de comandos
genéricos para 64 fontes, porque a companhia nipónica quer que o GPU possa
efetivamente auxiliar o CPU de uma forma mais eficaz. Depois havia a questão
das caches do GPU necessitarem de ser limpas sempre que há uma troca entre
processamento genérico e processamento gráfico, e a Sony simplesmente evitou
isso com a inclusão de um canal de comunicação directa do GPU para a RAM sem
passar pelas caches, o que permite aceder aos dados do CPU e vice-versa sem
penalizações e limpezas de caches. O canal possui uma largura de banda de 20GB.
Apesar deste processo ser muito mais complicado na Xbox One porque não tem este
dito canal e ter que passar pelas limpezas de caches, será igualmente possível
a mistura dos dois tipos de comandos (genéricos e gráficos) sem penalização na
limpeza de caches. Sendo assim o
hardware da PlayStation 4 é 40% mais rápido e eficaz que o da Xbox One.
Falando agora da RAM, a PlayStation 4 tem um total de 8GB de
RAM GDDR5 e a Xbox One um total de 8GB de RAM DDR3. O GDDR5 é mais caro, mas
oferece uma maior velocidade e, segundo alguns especialistas, uma maior
fiabilidade. A própria AMD admitiu que o GDDR5 era superior ao DDR3, embora o
seu maior problema seja a latência.
No entanto poderão ficar descansados porque Mark Cerny,
arquiteto da PlayStation 4, revelou que personalizaram o GDDR5 e que a latência
é equiparável ao DDR3, ou seja, sendo assim é superior em tudo e inferior em
nada.
Também se sabe que a Xbox One terá 5GB de RAM dedicados para
os jogos e 3GB de RAM dedicados ao sistema operativo, enquanto que a
PlayStation 4 terá, pelo o que várias fontes fidedignas referiram, 6GB de RAM
dedicados para jogos e 2GB dedicados para o sistema operativo.
Em relação ao Cloud, a grande diferença neste caso está no
Marketing. A Microsoft está a apostar bastante no Cloud Computing e a falar
bastante sobre isso, já a Sony tem consciência que isso é algo que pode
beneficiar determinadas coisas, mas que não é nada por aí além. É sabido que
para se usar o Cloud Computing é necessário uma ligação à internet e que a
velocidade da mesma pode beneficiar ou prejudicar a qualidade desse serviço,
mas o Cloud Computing pode ser usado para a Inteligência Artificial, Linking,
matchmaking, físicas, etc.
E não, Cloud Computing não gera melhor grafismo. Isso é um
mito que quero deste já esclarecer. Cloud Computing ao ser usado num
determinado jogo está a poupar alguns recursos da consola, recursos esses que
depois podem ser usados no CPU ou então com a mistura de comandos genéricos e
gráficos dar um ligeiro aumento no grafismo, mas o Cloud Computing não gera
grafismo.
A PlayStation 4 terá também Cloud Computing e fará
exatamente o mesmo que o Cloud Computing da Xbox One. A diferença aqui é que a
Microsoft tem 300 mil servidores, certamente mais que a Sony (não se sabe
quantos é que terá), no entanto a PS4 terá Cloud Gaming, já a Xbox One não terá
tal coisa.
O Cloud Gaming poderá ser usado para várias coisas, mas de
momento a Sony usa esse serviço para que se possa jogar os títulos da
PlayStation 3 na PlayStation 4 digitalmente. Não se sabe se haverá custos extra
para quem quiser jogar os títulos PS3 na PS4.
Concluindo, as consolas de próxima geração da Sony e
Microsoft chegarão ao mercado no final deste ano e até lá ambas as companhias
melhorarão certamente as suas consolas, aumentando ligeiramente uma ou outra
coisa, mas nada de radical ou que possa mudar aquilo que já foi feito e que
levou anos a ser feito. Sendo assim não há dúvidas, a PlayStation 4 tem uma arquitetura
mais acessível e é mais poderosa que a Xbox One.
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